Vitamina D
Vitamina ou Hormônio?
VITAMINA: são compostos orgânicos que NÃO podem ser produzidos pelo corpo, sendo assim obtidos a partir da alimentação ou se necessário pela suplementação. São vitais para crescimento, desenvolvimento e várias reações metabólicas.
Vitaminas = Vital Amias.
HORMÔNIOS: são compostos sintetizados pelo corpo a partir de precursores simples, e podem executar várias funções de acordo com o sitio (local) de atuação.
A “Vitamina D” tem sua produção iniciada na célula epitelial (pele) a partir de uma molécula derivada do colesterol (7-dehidrocolesterol ou provitamina D3) e a partir da exposição solar (raios UV B) forma a “pré-vitamina D3”. A partir daí ela passa por fígado e rins formando 25-OH vitamina D3 ou calcitriol, um hormônio secoesteroide que direta ou indiretamente se relaciona com mais de 2 mil genes, ou aproximadamente 6% do genoma humano.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Sintomas como fadiga, depressão, ansiedade, insônia e problemas de memória tornam a vida ainda mais difícil com o envelhecimento. A reposição hormonal no envelhecimento (quando clinicamente e laboratorialmente indicando deficiência), associado à alimentação hormonalmente equilibrada, exercício físico e suplementação vitamínica adequada têm como objetivo minimizar ao máximo os fenômenos comuns do envelhecimento patológico como fadiga (cansaço), sarcopenia (perda muscular), distimia (diminuição do humor), perda de memória, aumento da gordura corporal, diminuição da libido e dor crônica, desta maneira, melhorar a vida do indivíduo de uma maneira global e ao mesmo tempo prevenir doenças de uma maneira pró-ativa.
DOENÇAS RELACIONADAS
- A – ESCLEROSE MULTIPLA;
- B – LUPUS;
- C – ARTRITE REUMATOIDE;
- D – OBESIDADE;
- E – DEPRESSÃO;
- F – ECLAMPSIA E PRÉ-ECLAMPSIA.
Todo o hormônio tomado em doses acima daquelas acertadas individualmente pode provocar reações adversas, e a vitamina D não é exceção. Se não administradas corretamente, doses superiores a 10.000 UI (Unidades Internacionais) podem causar danos irreversíveis a função renal, entre outras complicações.
Para iniciar o protocolo não é necessário abandonar nenhum outro tratamento (nem mesmo os imunomoduladores) para que o paciente se beneficie. O que acontece é que muitos pacientes se sentem inseguros no início, mas com o tempo acabam deixando as injeções de lado por dois motivos principais: pelo desconforto em tomar esses medicamentos ininterruptamente, mas, principalmente, pela maior efetividade da vitamina D na proteção do sistema imunológico.
O conhecimento científico atual revela que a deficiência de vitamina D está associada à suscetibilidade e à gravidade de virtualmente todas as doenças ou manifestações auto-imunitária, incluindo-se a esclerose múltipla, neurite óptica, doença de Devic, doença de Guillain-Barré, polineuropatia, miastenia gravis, artrite reumatóide, lúpus, doença de Crohn, retocolite ulcerativa, doença celíaca, cirrose biliar primária, hipotireoidismo (tireoidite de Hashimoto), uveíte, episclerite, psoríase, vitiligo, abortos no primeiro trimestre da gestação, doença periodontal, diabete infanto-juvenil, alergias, etc. Também encontram-se associados à deficiência de vitamina D outros distúrbios ou doenças não autoimunitárias tais como câncer, hipertensão, diabete da maturidade, acidentes cardiovasculares, osteopenia e osteoporose, depressão, distúrbio bipolar, esquizofrenia, infertilidade, malformações congênitas, dor crônica (incluindo-se a fibromialgia e a enxaqueca), doenças neurodegenerativas (como Parkinson e Alzheimer), sonolência excessiva, etc.
As pesquisas mais recentes, no entanto, têm demonstrado que os portadores de doenças auto-imunitárias, por razões genéticas são parcialmente resistentes aos efeitos do colecalciferol, necessitando, portanto, de níveis mais elevados para estarem livres das agressões do seu próprio sistema imunológico. Nesses casos, o nível adequado somente pode ser estabelecido mediante o acompanhamento clínico e laboratorial que permita o ajuste da dose conforme a necessidade individual de cada paciente, sem o risco de efeitos colaterais graves, especialmente sobre a função renal.